Coluna do Flávio

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

"Serra ou Dilma? A Escolha de Sofia!" Por Rodrigo Constantino




Agora é praticamente oficial:

José Serra e Dilma Rousseff são as duas opções viáveis nas próximas eleições. Em quem votar?

Esse é um artigo que eu não gostaria de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de fazê-lo. Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer lado é melhor do que não assumir nenhum?


Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa postura idealista e de longo prazo não seja razoável. Será que não valeria a pena ter fechado o nariz e eliminado o Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista em 1933 na Alemanha, antes que Hitler pudesse chegar ao poder? Será que o fim de eliminar Hugo Chávez justificaria o meio deplorável de eleger um candidato horrível, mas menos louco e autoritário? São questões filosóficas complexas. Confesso ficar angustiado quando penso nisso.

Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro monopólio da esquerda na política nacional. PT e PSDB cada vez mais se parecem. Mas existem algumas diferenças importantes também. O PT tem mais ranço ideológico, mais sede pelo poder absoluto, mais disposição para adotar quaisquer meios os mais abjetos para tal meta. O PSDB parece ter mais limites éticos quanto a isso. O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista. O PSDB não chega a tanto. Além disso, há um fator relevante de curto prazo: o governo Lula aparelhou a máquina estatal toda, desde os três poderes, passando pelo Itamaraty, STF, Polícia Federal, as ONGs, as estatais, as agências reguladoras, tudo!

O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, enfim, todos os comparsas do Foro de São Paulo . Se o avanço rumo ao socialismo não foi maior no Brasil, isso se deve aos freios institucionais, mais sólidos aqui, e não ao desejo do próprio governo. A simbiose entre Estado e governo na gestão Lula foi enorme O estrago será duradouro. Mas quanto antes for abortado, melhor será: haverá menos sofrimento no processo de ajuste.

Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este aspecto fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre Serra e Dilma. Uma continuação da gestão petista através de Dilma é um tiro certo rumo ao pior. Dilma é tão autoritária ou mais que Serra, com o agravante de ter sido uma terrorista na juventude comunista, lutando não contra a ditadura, mas sim por outra ainda pior, aquela existente em Cuba ainda hoje. Ela nunca se arrependeu de seu passado vergonhoso; pelo contrário, sente orgulho. Seu grupo Colina planejou diversos assaltos. Como anular o voto sabendo que esta senhora poderá ser nossa próxima presidente?! Como virar a cara sabendo que isso pode significar passos mais acelerados em direção ao socialismo bolivariano?

Entendo que para os defensores da liberdade individual, scolher entre Dilma e Serra é como uma escolha de Sofia. Anular o voto, desta vez, pode significar o triunfo definitivo do mal.

"Em vez de soco na cara ou no estômago, podemos acabar com um tiro na nuca"!.

Dito isso, assumo que votarei em Serra. Meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa. Meu voto é contra o Lula, contra o Chávez, que já declarou abertamente apoio a Dilma.

Meu voto não é a favor de Serra. E, no dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro ao governo Serra como sou hoje ao governo Lula. Mas, antes é preciso retirar a corja que está no poder. Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de Brasília. Só o desaparelhamento de petistas do Estado já seria um ganho para a liberdade, ainda que momentâneo.

Respeito meus colegas liberais que discordam de mim e pretendem anular o voto. Mas espero ter sido convincente de que o momento pede um pacto temporário com a barbárie, como única chance de salvar o que resta da civilização - o que não é muito.

A minha consciência cidadã manda que eu anule o meu voto, mas a minha consciência política me obriga a fazer uma escolha!

terça-feira, 18 de maio de 2010


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COMISSÃO QUE ANALISARÁ PEC DOS JORNALISTAS DEVE SER INSTALADA NESTA SEMANA


A Comissão Especial que vai proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição 386/09, conhecida como a PEC dos Jornalistas poderá ser instalada já nesta semana na Câmara dos Deputados. Após novas indicações feitas pelo PV e pelo DEM, o PSDB é o único partido que ainda não fez nenhuma das indicações a que tem direito. A FENAJ incentiva os apoiadores da campanha em defesa do diploma a encaminharem mensagens ao líder do partido na Câmara.

No dia 5 de maio, após contato com o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade, e com o autor da PEC 386/09, deputado Paulo Pimenta (PT/RS), o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB/SP), determinou à Secretaria Geral da Mesa Diretora da Casa, que solicitasse aos partidos que façam as indicações a que têm direito e que instalasse a Comissão. Como os partidos e blocos já fizeram a maioria das indicações, a Comissão Especial pode ser instalada a qualquer momento.

Segundo o deputado Paulo Pimenta, a instalação da Comissão Especial deve ocorrer nesta terça ou quarta-feira. "A instalação vai acontecer, qualquer que seja a composição", diz, relembrando o compromisso do presidente da Câmara neste sentido.

Na atualização das indicações no site da Câmara dos Deputados do dia 13 de maio, já constavam a indicação dos membros titular e suplente do PV, deputados José Paulo Tóffano (PV/SP) e Antônio Roberto (PV/MG), respectivamente, e do segundo membro titular do DEM, o deputado Luiz Carlos Setim (DEM/PR). Resta, para completar os 18 membros titulares da Comissão, uma indicação do bloco liderado pelo PMDB, e duas indicações do bloco PSDB, DEM e PPS.

Para agilizar os trabalhos de instalação da Comissão Especial com representação de todos os partidos, a FENAJ está orientando os apoiadores da campanha em defesa do diploma a encaminharem mensagem ao líder do PSDB na Câmara dos Deputados, João Almeida (BA).