O candidato a deputado federal Athos Avelino Pereira (PPS) é o primeiro político do país barrado com base na Lei da Ficha Limpa. O registro de sua candidatura foi negado por cinco votos a zero no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TER-MG) nesta segunda-feira (26).
As causas do indeferimento da candidatura foram a ausência de documentos para o registro (certidões criminais e cíveis, além de comprovante de escolaridade), e a inelegibilidade decretada em 2009. O TRE considerou Athos Avelino inelegível por três anos por abuso de poder em 2008, quando tentou a reeleição para prefeito em Montes Claros (MG). De acordo com a decisão da época, o candidato também fez uso indevido dos meios de comunicação.
A ação de impugnação da candidatura foi proposta pelo Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais e pelo candidato a deputado estadual Luiz Tadeu Martins Leite (PMDB), filho do atual prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite, que derrotou Pereira em 2008.
Advogado do partido vai recorrerO advogado do PPS em Minas Gerais, Renato Galuppo, informou que o partido vai recorrer porque considera que “a lei da Ficha Limpa é inconstitucional por negar o princípio de que o réu só pode ser considerado culpado quando não cabe mais recurso”. Galuppo argumenta que, como Athos Avelino Pereira foi condenado pelo TER-MG e, posteriormente, pelo TSE, mas ainda não teve o recurso julgado pelo STF, não poderia ter a candidatura impugnada.
O SEGUNDO CANDIDATO INDEFERIDO PELO FICHA LIMPA
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) indefiriu mais uma candidatura devido a Lei da Ficha Limpa. O candidato a deputado estadual pelo PC do B Antônio Carlos Bouzada já estava com os seus direitos políticos suspensos e foi considerado inelegível por unanimidade, em sessão realizada nesta terça-feira (27). O político é suspeito de envolvimento em um esquema de emissão de notas frias de compras de cimento feitas pela prefeitura de Ponte Nova.
Segundo a relatora do processo, a juíza Luciana Nepomuceno, Bouzada se torna inelegível por ter figurado como um dos réus em uma ação civil pública, em que a decisão de primeira instância decretou a suspensão de seus direitos políticos por oito anos.
O primeiro caso de inelegibilidade baseada na Lei Ficha Limpa julgada pelo TRE-MG envolveu o ex-prefeito de Montes Claros Athos Avelino Pereira (PPS), que não pode se candidatar por ser acusado de abuso de poder político nas eleições de 2008.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br
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