Flávio Augusto Ribeiro Samuel, jornalista, escreve este blog e coluna desde os meados de 2010.
Coluna do Flávio
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Em MG, Ibope mostra empate técnico entre Anastasia e Hélio Costa
Tucano tem 35% das intenções de voto, e peemedebista, 33%. Margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A margem de erro do levantamento atual é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Levando em consideração a margem de erro, Anastasia pode ter entre 33% e 37%, e Hélio Costa, de 31% a 35%.
Vanessa Portugal (PSTU) e Zé Fernando Aparecido (PV) aparecem com 1% cada um. Dos demais candidatos - Professor Luiz Carlos (PSOL), Edilson Nascimento (PT do B), Fabinho (PCB) e Pepê (PCO) , nenhum deles atingiu 1% das intenções de voto. Votos em branco ou nulos são 6%. A pesquisa apontou também que 24% dos eleitores continuam indecisos.
O levantamento foi realizado dos dias 24 a 26 de agosto. Foram entrevistados 1.806 eleitores.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e o jornal "O Estado de S.Paulo" e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) com o número 65090/2010 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 26113/2010.
Fonte: G1
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Lula lidera ofensiva para eleger aliados e obter maioria no Senado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deflagrou uma ofensiva na televisão e nos palanques para garantir ampla maioria no Senado para um eventual governo de Dilma Rousseff (PT). Das 54 vagas em disputa, os oposicionistas PSDB, DEM e PPS têm candidatos competitivos em apenas 17, segundo as últimas pesquisas.
Lula e Dilma têm usado o horário eleitoral para disseminar mensagens de apoio a candidatos aliados com chances de tirar do páreo os senadores que, nos últimos anos, derrotaram o governo em votações importantes, como a tentativa de prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o imposto do cheque. O presidente também começou a lançar ataques diretos contra os adversários. Na última sexta-feira (27), seu alvo foi Marco Maciel (DEM), candidato à reeleição em Pernambuco.
Até 3 de outubro, o número de oposicionistas com chances nas pesquisas pode cair. Mesmo antes da ofensiva de Lula, alguns dos principais expoentes das bancadas contrárias ao governo enfrentavam dificuldades para se reeleger, em uma campanha na qual a associação ao presidente tem se mostrado decisiva na conquista do eleitorado.
Entre eles, Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, e Heráclito Fortes (DEM) são os mais fragilizados na busca por uma das duas vagas em disputa em seus Estados. Efraim Morais (PB), José Agripino (RN) e Marco Maciel, todos do DEM, também estão sob ameaça da onda governista.
Ataque
Apesar de não ter estado na linha de frente da oposição nos últimos anos, Maciel foi alvo de um ataque pesado de Lula na última sexta-feira, durante um comício do PT, no Recife. Sem citar nomes, Lula disse que há candidato que parece estar no Senado "desde o tempo do Império".
A seguir, o presidente conclamou o público a votar em Humberto Costa (PT), líder nas pesquisas, e em Armando Monteiro Neto (PTB), que ameaça tirar de Maciel a segunda colocação.
Fonte: R7
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Dilma tem 49%, e Serra, 29%, aponta o Datafolha
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (26) mostra a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, com 49% das intenções de voto, contra 29% do candidato do PSDB, José Serra. A candidata do PV, Marina Silva, obtém 9% no levantamento.
Dos demais candidatos (Plínio, PSOL, Zé Maria, PSTU, Eymael, PSDC, Rui Costa Pimenta, PCO, Ivan Pinheiro, PSB, e Levy Fidelix, PRTB), nenhum atingiu 1% das intenções de voto. De acordo com a pesquisa, brancos e nulos totalizam 4% e os que não sabem, 8%.
A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Levando em consideração a margem de erro, Dilma pode ter entre 47% e 51%, Serra, entre 27% e 31%, e Marina, entre 7% e 11%.
O levantamento foi encomendado pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo". Foram realizadas 10.948 entrevistas em 385 municípios na segunda-feira (23) e na terça-feira (24). A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 25.473/2010.
Na pesquisa anterior do Datafolha, feita no dia 20 deste mês, Dilma teve 47%, Serra, 30%, e Marina, 9%.
Votos válidos
Considerando apenas os votos válidos, ou seja, descontando brancos e nulos, a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (26) afirma que Dilma alcança 55%, o que seria suficiente para elegê-la já no primeiro turno. Serra fica com 33%, e Marina, com 10%.
Na pesquisa anterior, a taxas de Dilma, Serra e Marina eram de 54%, 34% e 10%, respectivamente.
Segundo turno
De acordo com o Datafolha, num eventual segundo turno entre Dilma e Serra, a petista teria 55% e o tucano, 36%. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 53% das intenções de voto, e Serra, 39%.
Avaliação do governo
O levantamento também mostrou como os eleitores avaliam o governo Lula. Para 79%, o governo é ótimo ou bom; para 17%, regular; para 4%, ruim ou péssimo.
Na pesquisa anterior, esses percentuais eram de 77%, 18% e 4%, respectivamente.
Segundo o instituto, com a taxa de 79%, Lula bate novo recorde, tornando-se o primeiro presidente da República a alcançar esse percentual de popularidade nas pesquisas do Datafolha. O recorde anterior, também de Lula, 78% de aprovação, foi no início de julho.
Fonte: G1
Serra fala no RN em refinaria e em ampliar Bolsa Família
O tucano disse que o governo federal tem uma dívida com o Rio Grande do Norte e citou o fato de o estado não ter ganho uma refinaria de petróleo. Ele também voltou a prometer a ampliação do projeto Bolsa Família.
"A refinaria que o governo federal projetou é menor do que a produção de petróleo do Rio Grande do Norte. São 50 mil barris por dia que aqui não poderão ser refinados. O governo federal tem uma dívida com o Rio Grande do Norte, que é um grande projeto de desenvolvimento", afirmou.
Serra ainda falou em ampliar programas sociais. "Nós vamos não só tirar do papel esses projetos como vamos apoiar as políticas sociais e reforçar a Bolsa Família, com vistas a dar para garotada do Bolsa Família oportunidade de uma formação profissional", completou.
Petista é acusada de invadir propaganda de candidatos nos estados. Coligação tucana também pediu direito de resposta contra PSTU.
Os tucanos alegam invasão de tempo de propaganda gratuita de outros candidatos nos estados, com a intenção de fazer “pedido expresso de votos” para Dilma. Os programas questionados se referem a inserções de candidatos a governador e deputado federal, exibidos na última segunda-feira (23), no horário eleitoral na televisão.
A coligação liderada pelo PSDB pede que seja proibida a repetição das propagandas questionadas e que a Justiça desconte do tempo de propaganda da candidata petista o equivalente ao usado na suposta irregularidade.
Na última segunda-feira (23), a coligação “O Brasil Pode Mais” ajuizou 21 ações semelhantes contra a candidata petista. Sobre esse tipo de acusação, o advogado do PT, Márcio Luiz Silva, disse já ter apresentado defesa sobre a maior parte das ações e afirmou que os candidatos nos estados têm interesse em associar a própria imagem à de Dilma Rousseff.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Marina Silva recebe apoio de lideranças sindicais em SP
Em SP, candidata defendeu diálogo entre sindicatos e Estado. Segundo ela, discurso de rivais é 'do final do século 19'.
No evento, a candidata do PV defendeu que o Estado negocie com os movimentos sindicais mas de forma a preservar a autonomia dos sindicatos.
"Acho que o Estado tem que se relacionar sim com o movimento sindical, com as centrais sindicais. Existem os processos de negociação que dizem respeito aos interesses das categorias e tem que criar mesas de negociação. O que tem que se salvaguardar é a autonomia dos movimentos sociais, que não podem estar atrelados ao Estado", afirmou.
Em seu discurso, a candidata do PV ressaltou diferenças entre ela e os demais candidatos. “Quando eu olho para a Dilma, o Plínio e o Serra, agradeço a Deus por tê-los na concorrência. São pessoas qualificadas, são pessoas sérias, só que têm uma visão diferente da minha, e eu acho que a visão deles não é uma visão dos desafios desse inicio de século. Durante muitos anos eles representavam sim, o novo, a transformação, mas agora estão no discurso do final do século 19", disse.
Ela destacou semelhanças entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) e disse que pensa diferente dos dois. “Eu sempre digo com todo o respeito que a ministra Dilma, o governador Serra são pessoas que eu prezo, respeito, e até tenho relação de amizade, mas são muito parecidos. São desenvolvimentistas, são crescimentistas, têm um perfil gerencial. É o perfil deles. Eu tenho uma forma diferente de pensar”, declarou.
A candidata disse ainda ter esperança de ir ao segundo turno, criticando, sem citar nomes, outros candidatos que estariam "cantando vitoria" ou "jogando a toalha" antes do tempo.
Fonte: G1
VAMOS REFLETIR !
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração;
isto é apenas o meu começo
Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nòs queremos nunca mais o alcançaremos
Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
As coisas não continuarão a ser como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nòs
De quem depende que ela acabe? Também de nòs
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.
__________________________________________________
Ao final dos anos 1920 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. Sua praxis é uma síntese dos experimentos teatrais de Erwin Piscator e Vsevolod Emilevitch Meyerhold, do conceito de estranhamento do formalista russo Viktor Chklovski, do teatro chinês e do teatro experimental da Rússia soviética, entre os anos 1917-1926. Seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Marina diz que ainda há tempo de chegar ao segundo turno
Para ela, é cedo para 'cantar vitória' ou 'entregar os pontos'. Na última pesquisa Datafolha, candidata aparece com 9% das intenções.
A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, disse nesta segunda-feira (23), que acredita em sua ida ao segundo turno das eleições. Em caminhada pelo mercado Municipal de São Paulo, declarou que não se pode “cantar vitória” ou “entregar os pontos” antes do tempo na corrida presidencial. Na última pesquisa Datafolha, divulgada no sábado (21), Marina aparece com 9% das intenções de voto, atrás do candidato do PSDB, José Serra (30%), e da petista Dilma Rousseff (47%).
“Para aqueles que já estão ‘cantando vitória’ antes do tempo e para aqueles que já estão entregando os pontos antes do tempo, estou chamando o eleitor brasileiro para a gente virar esse jogo e irmos para o segundo tempo. O segundo tempo é irmos para o segundo turno”, disse.
Sem citar os adversários, ela ressaltou que ainda falta mais de um mês para a decisão do pleito. “Eu vejo que as pessoas ficam desanimadas, meio atordoadas, outros cantam vitória antes do tempo. Eu acredito na democracia e ainda temos 40 e poucos dias pela frente. E nesses 40 dias muita coisa pode acontecer.”
Para a candidata do PV, ainda há tempo para a comparação de biografias e propostas. "Às vezes uma determinada ansiedade em direcionar para este ou aquele lugar acaba criando saídas que não são as melhores para a democracia. Ainda há tempo de expor as histórias e as trajetórias e propostas dos candidatos para que a população faça a sua escolha", disse.
Marina não confirmou se pretende usar a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua campanha. “Eu vou dizer o que já disse anteriormente: tenho uma trajetória de 30 anos no PT e desses 30 anos [tenho] dedicada inclusive uma parte à eleição do presidente Lula. Mas podem ficar tranquilos, não vou negar minha história, mas também não vou fazer um uso oportunista da imagem do presidente.”Marina disse que queria manter um "suspense" na campanha. “Vocês [jornalistas] querem uma eleição sem suspense, uma eleição com tudo já anunciado. Isso quem está fazendo são a candidatura oficial de oposição e a candidatura oficial de situação, em que tudo já é previsível", afirmou. "Deixa um pouquinho de surpresa que aí fica mais interessante.”
Violência
A candidata chegou a comentar a implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro, que começaram a ser instaladas na cidade em dezembro de 2008. Marina Silva classificou-as de “boa experiência”, mas que não devem ser usadas a longo prazo.
“É uma idéia muito boa, mas em lugar de fazer uma reforma da segurança pública para que essa boa experiência ganhe escala, as pessoas começam a usar como se já fosse a solução, como se o problema já estivesse resolvido”.
Marina criticou as cenas de violência registradas no Rio de Janeiro neste final de semana. “Pega-se um bom remendo e põe num tecido velho, e isso faz com que aconteça esse tipo de coisa. Nós precisamos ter políticas estruturantes, onde as UPPs estão dentro de um contexto de reforma da segurança pública”, defendeu.
Fonte: G1
Dilma tem 46% e venceria no primeiro turno, aponta CNT/Sensus
Petista tem 18 pontos de vantagem em relação ao tucano, que aparece com 28,1%
A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Questionados sobre qual seria o único candidato em quem votariam, Dilma também aparece na liderança, com 39,8%. Em segundo lugar na preferência, Serra seria o único candidato de 22,6% dos entrevistados. Marina tem 8,3% das intenções.
O resultado reflete a percepção do eleitorado em relação às propagandas eleitorais no rádio e na televisão. Nas entrevistas espontâneas, quando nome dos candidatos não são indicados, Dilma aparece com 16 pontos de vantagem. A candidata do PT tem 37,2% contra 21,2% de Serra. Marina aparece na terceira posição com 6% das intenções de voto. Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não ser candidato, 2,1% dos entrevistados disseram votar nele.
A pesquisa mais recente sobre a disputa pela Presidência, divulgada pelo Datafolha no último sábado (21), mostrou Dilma com 17 pontos de vantagem em relação ao tucano. A petista apareceu com 47% das intenções de voto e o tucano, com 30%. Marina tinha 9%. A última sondagem CNT/Sensus foi divulgada no dia 5 de agosto, quando a vantagem de Dilma era de dez pontos. A petista tinha 41,6% das intenções de voto, contra 31,6% de Serra e 8,5% de Marina. A margem de erro também era de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: http://noticias.r7.com/
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
POLÍTICA COM CRISTIANA lÔBO
A medida em que foi conhecida na propaganda eleitoral como candidata do presidente Lula a presidencia, Dilma Roussef disparou nas pesquisas e abriu 17 pontos porcentuaisde vantagem sobre Jos’e Serra, conforme o DataFolha divulgado neste s’abado – 47% a 30%. H’a uma semana a vantagem era de oito pontos porcentuais.
Entre os que assistiram ao programa eleitoral na tv, Dilma chega a 53% das inten’coes de votos – o que demonstra que a informacao pela tv tem muita eficiencia para colar a imagem dela na de Lula. Tanto que Jose Serra (que perdeu tres pontos porcentuais na semana) tentou na ultima quinta-feira se aproximar de Lula. Ele apareceu no programa eleitoral ao lado do presidente.
Nessa toada, vai se consolidando a ideia de que esta campanha sera decidida ja no primeiro turno. Agora, Lula pretende investir o seu capital politico nas disputas estaduais em favor de seus aliados. A estrategia esta em vigor em Sao Paulo, neste fim de semana, onde tenta vitaminar a candidatura de Aloizo Mercadante.
POLÍTICA COM CRISTIANA lÔBO
– Deixo em tuas mãos o meu povo e tudo o que mais amei/ mas só deixo porque sei que vais continuar o que fiz/ o país será melhor e meu povo mais feliz/ do jeito que sonhei e sempre quis/ As mãos de uma mulher vai nos conduzir/ O meu povo ganhou uma mãe que tem um coração que vai do Oiapoque ao Chuí/ deixo em tuas mãos o meu povo – diz.
Dilma Roussef dividiu os dez minutos do programa eleitoral com o presidente Lula. A idéia era a de apresentá-la como continuidade do governo Lula, a ponto de ter sido apresentada uma biografia de Lula para, em seguida, ser apresentada a de Dilma, como “vidas que se encontram” no governo do Brasil.
No programa da noite, não foi exibida a cena em que aparecia a ponte JK de Brasília, a principal obra do último governo de Joaquim Roriz na capital, nem ela com o cão labrador com o qual ela faz caminhadas diárias – uma espécie de herança de José Dirceu quando deixou a casa funcional na Península dos Ministros, ao deixar o governo Lula, quando teve Dilma como sua sucessora na Casa Civil.
José Serra usou, pelo manhã, o jingle cujo refrão é: “quando Lula da Silva sair; é o Zé que eu quero lá”. À noite, ele insistiu em programas na área de saúde – cirurgias eletivas, assistência à mulher, entre os programas implementados no governo de São Paulo e que ele apresenta como proposta sua ampliação para todo o Brasil.
– No meu projeto o que importa são as pessoas – diz Serra que, lança no programa eleitoral o gesto de bater no peito e “ter o Brasil no coração”.
Chamou a atenção o esforço tanto de Serra quanto de Dilma de deixar para trás a fama de sisudo. Os dois estiveram sempre sorridentes e com empenho adicional de dominar o tom de voz para torná-la mais suave, como convém a um candidato.
Os dois principais candidatos apresentaram programas com tentativa de emocionar o eleitor e não fizeram críticas aos adversários. A crítica ficou por conta de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) que tem direito a um minuto por dia, e se apresenta entre Serra e Dilma. Ele mostrou dois pugilistas – um careca como Serra e uma mulher sisuda como Dilma – tentando mostrar que os dois se atacam, mas são semelhantes, pois recebem doações de bancos.
http://colunas.g1.com.br/cristianalobo/Michel Temer nega disputa por cargos em eventual governo Dilma
Presidente do PMDB divulgou nota para rebater 'especulação'. Segundo ele, partido está 'dedicado à campanha para vencer as eleições'.
O candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, divulgou nota nesta segunda-feira (23) negando que seu partido esteja negociando cargos e espaço no próximo governo caso a candidata petista seja eleita presidente da República."O PMDB se expressa pelo seu Presidente. E é nessa qualidade que venho a público registrar que, em nenhum momento na aliança com o PT e demais partidos para as eleições presidenciais, houve qualquer negociação a propósito da participação no governo", dizTemer.
No sábado, reportagem de "O Estado de S. Paulo" informava que o PMDB estima o tamanho da cota futura de poder baseado no argumento de que se realmente Dilma Rousseff ganhar as eleições, o partido não é mais um "convidado", mas um dos "donos da casa".
"Os únicos compromissos firmados por escrito com o PT foram os de que o PMDB teria a Vice-Presidência da República e participaria da formulação do programa de governo. E é isso, apenas isso, que foi estabelecido e vem sendo rigorosamente cumprido", afirmou em nota o presidente do PMDB.
Fonte: http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/08/temer-nega-disputa-por-cargos-em-eventual-governo-dilma.html
Em MG, Hélio Costa tem 38% e Anastasia tem 27%, segundo Ibope
A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 20 de agosto. Foram entrevistados 2.002 eleitores em Minas Gerais.
Vanessa Portugal (PSTU), Professor Luiz Carlos (PSOL), Zé Fernando Aparecido (PV) aparecem com 1% cada um. Edilson Nascimento (PT do B), Fabinho (PCB) e Pepê (PCO) não atingiram 1% das intenções de voto. Na pesquisa anterior, Vanessa Portugal aparecia com 2%.
Votos em branco ou nulos são 7%. A pesquisa apontou também que 25% dos eleitores continuam sem saber em quem votar.
A pesquisa Ibope foi realizada entre os dias 18 e 20 de agosto. Foram entrevistados 2.002 eleitores em Minas Gerais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número 62810/2010.sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Após invasão na noite de terça-feira, manifestantes deixam Congresso
Os manifestantes que invadiram o salão verde da Câmara dos Deputados na noite de terça-feira (17) decidiram deixar o local nesta quarta-feira (18) e de forma “pacífica”. Policiais, bombeiros e agentes penitenciários prometem a realização de uma greve das categorias durante a eleição, em outubro.
O indicativo é de uma paralisação de 48 horas nos dias 2 e 3 de outubro. A decisão foi tomada depois que a Câmara cancelou a sessão que faria nesta quarta-feira (18) e decidiu só retomar a votação de propostas após as eleições.
Representantes das categorias protagonizaram uma invasão na noite de terça-feira. Eles cobram a votação de projetos de interesse de suas categorias. A primeira proposta cria um piso salarial nacional para policiais e bombeiros. A proposta já foi aprovada em primeiro turno, mas por alterar a Constituição tem de passar por nova votação antes de seguir para o Senado Federal. A segunda proposta transforma os agentes penitenciários em polícia penal. Esta proposta também precisa de dois turnos e sequer entrou na pauta de votação.
Após serem informados da decisão pelo 1º vice-presidente, Marco Maia, os representantes das categorias fizeram uma rápida assembleia e decidiram aprovar um indicativo de greve para os dias 2 e 3 de outubro.
Francisco Rodrigues, do sindicato de agentes penitenciários do Rio de Janeiro, afirma que a intenção não é de “boicotar” as eleições, mas de chamar a atenção da população para a causa. Ele nega que a invasão tenha contribuído para a não votação das matérias.
“Isso é falta de vergonha na cara. Eles não vão votar porque não tem compromisso com a segurança pública. Se chegassem aqui e dissessem que iriam votar nós sairíamos até de joelhos”, afirmou Rodrigues.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Lula diz que é difícil concluir obras por causa de ‘inveja’ e ‘olho gordo’
“Não pense que é fácil fazer as coisas. Você sabe que a inveja é uma doença. Não há nada pior do que o olho gordo de alguém que não conseguiu fazer uma coisa diante de algo que o outro está fazendo”, disse, durante visita ao canteiro industrial da ferrovia Transnordestina.
Lula também criticou a burocracia para a realização de obras, como grandes ferrovias e a transposição do Rio São Francisco. “A Transnordestina demorou cinco anos para chegar no estágio que chegou hoje. Só eu participei de 31 reuniões”, disse. “Primeiro, teve problema com projeto, depois, licitação, depois, Ministério Público. É um verdadeiro inferno concluir um projeto dessa magnitude”, afirmou.
O presidente afirmou ainda que durante décadas o Nordeste foi ignorado pelos políticos brasileiros. “Havia quase que uma indisposição de uma parte da elite política do país, que já tinha dado de barato que o Nordeste não precisava se desenvolver.” Lula também criticou os discursos de campanha eleitoral, em que os candidatos tentam se aproximar da população pobre. Segundo o presidente, depois de eleitos, os políticos não costumam cumprir as promessas feitas.
“Na época de campanha, muita gente fica falando mal da gente [governo]. Na época de campanha, ninguém fala mal de pobre. Você não sabe como banqueiro é odiado. Mas depois das eleições quem vai almoçar com pobre?”, questionou.
Fonte: http://g1.globo.com
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Marina Silva é entrevistada pelo Jornal Nacional
Candidata do PV foi a segunda de série com presidenciáveis. Serra será ouvido na quarta (11); Dilma foi entrevistada na segunda (9).
A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, foi entrevistada ao vivo nesta terça-feira (10) no Jornal Nacional pelos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes. A presidenciável Dilma Rousseff (PT) foi entrevistada na segunda-feira (9) e José Serra (PSDB) será ouvido na quarta-feira (11). A ordem das entrevistas foi definida em sorteio.
Veja a baixo a íntegra a da entrevista com Marina Silva. Ela respondeu a perguntas dos entrevistadores durante 12 minutos. Abaixo, leia a transcrição das perguntas e respostas.
__________________________________________________
Fátima Bernardes: O Jornal Nacional dá continuidade hoje à série de entrevistas com os principais candidatos à Presidência em que nós abordamos questões polêmicas das candidaturas e o desempenho do candidato em cargos públicos que já tenha ocupado. Também o Bom Dia Brasil e o Jornal da Globo realizarão entrevistas nas próximas semanas. O sorteio, acompanhado por assessores dos partidos, determinou para hoje a presença da candidata do PV, Marina Silva. Boa noite, candidata. Muito obrigada pela presença.
Marina Silva: Boa noite, Fátima.
Fátima Bernardes: Bom. E o nosso tempo de 12 minutos dessa entrevista começa a ser contado a partir de agora. Candidata, a sua atuação na vida pública, como ministra, como senadora, foi especificamente voltada para a área do meio ambiente. A senhora não tem uma experiência administrativa em nenhuma outra área, em nenhum outro setor. Como é que a senhora pretende convencer o eleitor de que a sua candidatura é para valer e que ela não é apenas uma candidatura para marcar posição nessa questão do meio ambiente?
Marina Silva: Em primeiro lugar, Fátima, chamando a atenção da sociedade brasileira para a relevância das coisas que a gente está vivendo hoje, e eu sempre penso da seguinte forma: até 2014, qual será a temperatura da Terra? Até 2014, quantas crianças ainda continuarão sem ter a chance de chegar sequer à oitava série? Até 2014, quantas pessoas serão soterradas pelas enchentes por falta de cuidado? E, até 2014, quantos produtos nós não perderemos em função da falta de infraestrutura? Quantas oportunidades nós não perderemos em função da falta de educação de qualidade? E então...
Fátima Bernardes: Quer dizer que a senhora acha que essa questão do meio ambiente passa por todos esses outros setores?
Marina Silva: Com certeza. A minha candidatura é para agora porque o Brasil não pode esperar. Todas essas questões que eu coloquei agora para você, Fátima, elas são uma emergência, uma emergência para o cidadão que fica na fila esperando horas e horas para poder fazer um exame, uma emergência para a mãe que quer ter dias melhores para o seu filho porque ela já não aguenta mais a vida dura que tem e uma emergência para o Brasil, que tem imensas oportunidades de se desenvolver com justiça social, de melhorar a vida das pessoas.
William Bonner: Agora, candidata, perdoe, a senhora é candidata do Partido Verde e, até este momento, apresenta-se na eleição sem o apoio de nenhum outro partido. Se a senhora não conseguiu apoio para formar uma aliança agora antes da eleição, como é que a senhora vai formar uma base de sustentação para governar o Brasil depois, dentro do Congresso Nacional?
Marina Silva: Olha só, Bonner, eu acho que para mim é até mais fácil, sabe? É mais fácil, pelo seguinte: porque eu fico olhando para a ministra Dilma e para o governador Serra e eles já estão tão comprometidos com as alianças que fizeram que eles só podem repetir mais do mesmo, do mesmo quando foi o governo do presidente Fernando Henrique, que ficou refém do fisiologismo dos Democratas. E o presidente Lula, mesmo com toda a popularidade, acabou ficando refém do fisiologismo do PMDB.
William Bonner: Mas veja o raciocínio, o raciocínio que eu proponho...
Marina Silva: Deixe só eu completar meu raciocínio, por favor...
William Bonner: É que tem a ver com isso...
Marina Silva: Não, eu sei, eu sei, só para que a gente possa concluir. É, então, como eu estou dizendo que, se ganhar, eu quero governar com os melhores e já estou dizendo que é fundamental um diálogo entre o PT e o PSDB, estou dizendo que eu quero governar com a ajuda deles. Então eu vou compor uma base de sustentação já respaldada pela sociedade com essa ideia de que nós temos que acabar com a situação pela situação e com a oposição pela oposição e trabalhando a favor do Brasil. É assim que eu quero trabalhar. É isso o que eu estou dizendo e, pode ter certeza, quem pode estabelecer um ponto de união entre essas forças que não conversam e que nos seus oito anos de oposição ou de situação se confrontaram se chama Marina Silva.
William Bonner: A questão que eu ia colocar é a seguinte: se a senhora não conseguiu formar essa base de apoio agora, depois da eleição, uma base de apoio que se forme depois da eleição, não tem uma tendência maior ao tal fisiologismo que a senhora mesmo está criticando?
Marina Silva: Não tem, não tem...
William Bonner: Uma barganha de cargos federais...
Marina Silva: Não tem, Bonner, não tem. Sabe por quê? Porque existe muita gente boa em todos os partidos.
Fátima Bernardes: A senhora olhando para o seu partido, a senhora considera que o PV, ele tem quadros, olhando para os seus colegas, para governar o Brasil?
Marina Silva: Ele tem alguns quadros. Mas quem foi que disse que para governar você tem que governar apenas com os quadros de seu partido?
Fátima Bernardes: Não, eu estou perguntando porque ainda não há um acordo estabelecendo outras alianças.
Marina Silva: O presidente Lula teve de governar, inclusive, com quadros do PSDB. O PSDB trouxe quadros da socidade, da academia. Eu, quando estava no ministério do Meio Ambiente, por exemplo, eu peguei as melhores pessoas que estavam na academia, que já estavam na gestão pública, que estavam dentro, enfim, de ONGs, sim, mas as pessoas mais competentes. E quando precisei, toda vez que precisei, Bonner, de aprovar leis no Congresso, a Lei de Gestão de Florestas Públicas, por exemplo, fundamental para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, eu consegui aprovar os meus projetos com o apoio de todos os partidos, conversando com todos os partidos. É isso que o Brasil precisa. O Brasil precisa de um olhar que coloque em primeiro lugar as necesssidades dos brasileiros, da saúde, da educação, da segurança pública, da infraestrutura.
William Bonner: Ok.
Marina Silva: O nosso país não pode mais esperar e perder tempo com essa briga que não nos leva a lugar nenhum.
William Bonner: Candidata, vamos falar então... A senhora mencionou a questão, o papel do partido político. A senhora declarou já em algumas entrevistas que deixou o governo Lula e deixou o PT porque discordava da maneira como era conduzida a política ambiental no governo. No entanto, se nós voltarmos no tempo até aquele período do escândalo do mensalão, a senhora não veio a público para fazer uma condenação veemente daquele desvio moral de alguns integrantes do PT. A pergunta que eu lhe faço é a seguinte: o seu silêncio naquela ocasião não pode ser interpretado de uma certa maneira como uma conivência com aqueles desmandos?
Marina Silva: Não, Bonner, não foi conivência, e também não foi silêncio. É que, lamentavelmente, todas as vezes em que eu me pronunciava eu não tinha ninguém para me dar audiência e potencializar a minha voz. Mas eu falava.
William Bonner: A senhora diz dentro do governo?
Marina Silva: Dentro, fora.
William Bonner: Dentro do partido?
Marina Silva: Publicamente, nas palestras que eu dava, eu sempre dizia que aquilo era condenável, que deveria ser investigado, e que deveriam ser punidos todos os que praticaram irregularidades.
William Bonner: Mas, ministra...
Marina Silva: Agora, o que eu dizia sempre, Bonner, era uma coisa, é o seguinte: é que nem todos praticaram erros. E eu não pratiquei. Conheço milhares de pessoas que não praticaram o mesmo erro. E dentro do PT tinha muita gente que combatia junto comigo. Agora, para combater contra a falta de prioridade para as questões ambientais, aí eu era uma minoria. E foi por isso que eu saí. Eu saí porque não encontrava o apoio necessário para as políticas de meio ambiente que façam esse encontro entre desenvolver e proteger as riquezas naturais.
William Bonner: No entanto, o seu desconforto, vamos dizer assim, o seu desconforto ético com o mensalão não foi suficientemente forte para levá-la a deixar o cargo de ministra.
Marina Silva: Foi forte, sim, mas eu sabia que eu estava combatendo por dentro. E que conseguiria ser vitoriosa. Primeiro porque eu não tinha praticado nenhuma irregularidade. Agora, para continuar lutando pelas ideias que eu defendia, isso eu achava que não tinha mais tempo.
William Bonner: E como a senhora analisou...
Marina Silva: Sabe por quê? Porque é possivel, Bonner, sabe, juntar as duas coisas. Existe uma ideia dentro do governo, dos demais partidos, na sociedade, que meio ambiente e desenvolvimento são incompatíveis. E eu conheço muitas empresas que já estão fazendo da defesa do meio ambiente uma grande oportunidade para gerar emprego, para gerar melhoria de vida das pessoas. E posso te dizer uma coisa: toda a vez que as pessoas me dizem ‘mas Marina, as pessoas não entendem isso que você está falando’, eu digo: elas entendem sim, entendem, Fátima. Aqui no Rio de Janeiro...
William Bonner: Só uma coisa, candidata.
Marina Silva: ...quando as casas foram...
William Bonner: Candidata, me permita só uma coisa.
Marina Silva: Não, só concluindo Bonner.
William Bonner: Eu peço para interromper porque em nome do público...
Marina Silva: Isso, tá bom, tá bom.
William Bonner: Porque a pergunta que eu lhe dirigia era sobre um momento muito especifico da história e eu queria que a senhora tratasse dessa questão polêmica e não fosse para outro assunto. Eu estou consumindo 30 segundos da entrevista para fazer esse esclarecimento e eu lhe devolverei para a entrevista. Eu só queria que a senhora esclarecesse para mim qual foi e de que maneira a senhora viu a saída de alguns colegas seus então de PT, alguns, inclusive, fundadores do partido, que deixaram o partido indignados na época do mensalão, chorando. Como a senhora viu a ação deles, que não foi a ação que a senhora teve naquela ocasião?
Marina Silva: Bem, eu permaneci no partido e fiquei igualmente indignada. Fiz o combate a minha vida inteira contra a corrupção e acho que a corrupção, Bonner, é o pior câncer da sociedade. E ninguém pode se vangloriar de ser honesto. Para mim, ser honesto é uma condição do indivíduo. Qualquer pessoa, onde quer que ela esteja, ela tem que ser uma pessoa honesta, seja como político, como professor, como dona de casa, como empregada doméstica. A pessoa tem que ser honesta. Agora, naquele momento em que saíram pessoas do Partido dos Trabalhadores, eu permaneci para dar a contribuição que eu achava que ainda poderia dar dentro do governo, mas não por ser conivente. Agora, tem uma coisa que a gente precisa entender: combater a corrupção é uma luta constante. Como é que a gente combate a corrupção? Com transparência, permitindo que as instituições funcionem, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, criando ferramentas de controle dentro do próprio governo, não permitindo que as coisas vão primeiro se consolidando antes de você fazer o combate necessário. Você tem que identificar durante o processo e fechar a torneira da corrupção quando ela está acontecendo. É isso que precisa ser feito.
Fátima Bernardes: Candidata, vamos abordar, então, um outro tema. Muita gente do governo e fora dele se queixava de que, durante a sua gestão à frente do Ministério do Meio Ambiente, a liberação de licenças ambientais, elas estavam muito lentas, e que isso, licenças ambientais para obras de infraestrutura, e que isso atrapalhava o desenvolvimento. Como é que a senhora enxergava essas críticas de que essa demora possa ter atrasado essas obras?
Marina Silva: Olha, naquela época até com uma certa naturalidade. Sabe por quê? Porque o ministério estava todo desestruturado e eu tinha que fazer concurso, e eu tive que criar várias diretorias e coordenadorias. Só que, quando nós começamos a arrumar a casa, aumentaram significativamente as licenças. No governo anterior, era uma média de 145 licenças por ano. Na minha gestão, foi de 265 licenças por ano. Agora, uma coisa eu posso te dizer: é possível aperfeiçoar o licenciamento? É possível aperfeiçoar. E com esse aperfeiçoamento você vai viabilizar com mais agilidade, sem perda de qualidade, a infraestrutura do Brasil, que hoje, de fato, está colapsando. Nós temos problemas com os aeroportos, nós temos problemas em relação a estradas, nós temos problemas em relação a energia, tudo isso pode ser oferecido para a sociedade compatibilizando duas coisas: meio ambiente, melhoria da vida das pessoas e o desenvolvimento que o Brasil precisa.
Fátima Bernardes: Quer dizer, nesse caso, a senhora está dizendo que no caso da senhora estando no governo, essa lentidão, ela, por exemplo, não vai provocar esse atraso ainda mais ou agravar ainda mais esses gargalos que a senhora citou, econômicos, e provocar, por exemplo, no setor energético, um risco de um novo apagão por demora na liberação dessas licenças?
Marina Silva: De jeito nenhum. Nós vamos trabalhar com o sentido de urgência que esse país tem para a sua infraestrutura, tanto em aeroportos como na questão da energia, das estradas, tudo o que o Brasil precisa para se desenvolver, Fátima. E vamos fazer isso sem negligenciar os cuidados com o meio ambiente, mas tendo a clareza de que o desenvolvimento do nosso país melhora a vida das pessoas. Sabe como melhora a vida das pessoas? Quando aquela família, que muitas vezes não tem como conseguir um emprego, começa a conseguir um emprego. Quando aquela mãe que não teve uma chance na vida, que é uma mulher pobre, não teve uma chance na vida, ela sabe que, se tiver uma escola melhor, o seu filho pode ter dias melhores. Eu sei o que significa educação, porque foi com a educação que eu consegui entrar pela porta da frente no Brasil.
William Bonner: Candidata, a senhora tem 30 segundos para se dirigir ao eleitor e pedir a ele o seu voto, dando a ele a última mensagem. Por favor.
Marina Silva: Bem, primeiro eu quero agradecer a Deus por estar aqui, porque eu sei que esse país é um país maravilhoso. Só num país como o Brasil, com a democracia que temos, é possível uma pessoa que nasceu lá na Floresta Amazônica, que foi analfabeta até os 16 anos, que teve que passar por várias dificuldades de saúde, pode chegar aqui na condição de se colocar como a primeira mulher de origem humilde para ser presidente da República. Esse Brasil já conseguiu restaurar sua democracia, teve um sociólogo que fez as transformações econômicas, um operário que fez as transformações sociais e eu para fazer as grandes transformações na educação.
William Bonner: Obrigado, candidata. Muito obrigado pela sua participação aqui, ao vivo, no Jornal Nacional.
Marina Silva: Eu é que agradeço.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
PT passa o PSDB pela 1ª vez em tempo de TV, mas liderança no horário eleitoral não garante vitória
Quando Lula venceu, em 2002, os tucanos tinham mais do que o dobro de tempo
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, terá na propaganda política gratuita na TV, que começa no próximo dia 17, o maior tempo entre os presidenciáveis. Com a ampla aliança conquistada pelo PT, que custou ao partido abrir mão de disputar o governo em vários Estados, a petista deverá ficar, segundo cálculos feitos pelo R7 com base na Lei Eleitoral, com 10 minutos e 39 segundos do horário político, contra 7 minutos e 16 segundos do adversário José Serra, do PSDB. Marina Silva (PV), cujo partido não se aliou a nenhum outro, terá 1 minuto e 22 segundos.
Será a primeira vez que um candidato petista terá tempo maior que seus adversários no programa eleitoral. Em 1994 e 1998, eleições em que Fernando Henrique Cardoso venceu no primeiro turno, o PSDB tinha mais do que o dobro de tempo do PT, que tinha Lula como candidato.
O maior tempo no horário eleitoral, entretanto, não é garantia de vitória. Em 2002 e 2006, Lula, ainda com tempo menor, ganhou, respectivamente de José Serra e de Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. Em 2002, o atual presidente tinha pouco mais que a metade do tempo do tucano que volta a ser candidato nas eleições deste ano (5 minutos e 19 segundos de Lula contra 10 minutos e 23 segundos de Serra).
É o que aponta o cientista político da UnB (Universidade de Brasília) José Luciano Dias. Ele diz que “obviamente” o programa de TV é o que define uma eleição, mas que não é necessariamente o maior tempo de exposição que vai cravar uma vitória.
- O programa de TV é o momento em que o eleitor vai prestar atenção no processo eleitoral. Mas não é apenas o tempo que importa. O importante é que você tenha um tempo de campanha que permita que você exponha suas ideias, e que seja o suficiente para você não ser considerado um nanico.
Ele diz que ter um tempo excessivamente maior que o dos adversários pode, inclusive, ser prejudicial, pois o candidato ficaria sem ter como preencher seu espaço com conteúdo original, o que deixaria o programa repetitivo.
- O eleitor tem um limite de tolerância.
Serra tenta justificar a perda de pontos na pesquisa devido a campanha dos governadores nos estados e desabafa: "os candidatos ao governo tem que se empenhar mais".
Imagem de Lula e ataques
Para tentar evitar que a os quase 3 minutos e meio a mais se tornem uma desvantagem, o PT aposta na imagem de Lula para alavancar Dilma. O presidente, que aparecerá todos os dias ao lado da petista, será o apresentador do programa.
Já Serra, se concentrará nos seus mais de 7 minutos em comparações com Dilma. Embora o coordenador da campanha de Serra, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), diga que o programa não terá ataques contra a petista, a ideia dos tucanos é mostrar à população que Dilma carece de atributos para sentar na cadeira de presidente.
O horário eleitoral que apresenta os candidatos a presidente será exibido neste ano às terças, quintas e sábados, em dois programas diários de 25 minutos – um no horário do almoço, a partir das 13h, e outro à noite, em horário nobre, a partir das 20h30.
Um terço do tempo é dividido igualitariamente entre todos os candidatos – o que garante mesmo aos nanicos quase um minuto – e os outros dois terços são destinados aos candidatos conforme o número de deputados que os partidos da coligação têm na Câmara – daí o grande tempo do PT. A divisão oficial deve ser divulgada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nos próximos dias.
Dilma vibrou com os 10 pontos da pesquisa, ressaltando que
se trata do reflexo das propostas e avanços do governo.
Fonte: http://www.r7.com
Dilma aparece com dez pontos à frente de Serra, segundo pesquisa CNT/Sensus
Dilma Rousseff (PT) aparece dez pontos à frente de José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta quinta-feira (5). A petista tem 41,6% das intenções de votos na entrevista estimulada e o tucano, 31,6%. Marina Silva aparece em terceiro lugar, com 8,5% da preferência. A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Nas entrevistas espontâneas (quando os nomes dos candidatos não são indicados), 30,4% dos eleitores disseram que vão votar em Dilma, 20,2% escolheram Serra e 5%, Marina.
Em caso de segundo turno entre Dilma e Serra, 48,3% votariam na petista e 36,6% no adversário. De acordo com a pesquisa, a maioria do eleitorado (47,1%) diz acreditar na vitória de Dilma, cerca de 30% na de Serra e apenas 2,2% na de Marina.
Quase 11% dos eleitores ainda não sabem em quem votar e 3,4% declararam que vão votar em branco ou nulo.
A sondagem foi feita pelo instituto Sensus a pedido da CNT (Confederação Nacional dos Transportes). Foram ouvidos 2.000 eleitores do dia 31 de julho ao dia 2 de agosto. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no dia 29 de julho com o número 21411/2010.
Últimas pesquisas
Na última pesquisa CNT/Sensus, divulgada em maio, Dilma aparecia com 35,7% das intenções de voto, contra 33,2% de Serra e 7,3% de Marina. Na ocasião, a pesquisa refletiu pela primeira vez a ausência do deputado Ciro Gomes (PSB) na disputa presidencial. A margem de erro era de dois pontos para mais ou para menos, o que configurou empate técnico entre a petista e o tucano.
A pesquisa mais recente, divulgada pelo Ibope na última sexta-feira (30), confirmava a posição de Dilma Rousseff cinco pontos à frente do tucano José Serra. De acordo com o levantamento, encomendado pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo, Dilma tem 39%, contra 34% de Serra. A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, candidata do PV, aparece com 7% das preferências do eleitorado, no terceiro lugar.
O levantamento mostrou também que José Serra tem o maior índice de rejeição, de 24%. Outros 19% afirmaram que não votariam em Dilma e 13% não optariam por Marina Silva.
Segundo turno
Em um eventual segundo turno entre Dilma e Serra, a petista venceria com 48,3% contra 36,6% das intenções de votos, segundo o instituto. No cenário simulado com a candidata do PV, a petista venceria com 55,7% contra 23,3% dos votos de Marina, informou o Sensus. Na simulação entre Serra e Marina, o tucano teria, de acordo com a pesquisa, 50% contra 27,8%.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Sarney envia a procurador informações sobre atos secretos
Requerimentos demoraram mais de um ano para serem respondidos. Em nota, assessoria diz que demora se deu pela ‘complexidade’ dos dados.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), respondeu a 17 requerimentos de informações expedidos pela Procuradoria Geral da República (PGR) sobre a publicação de atos secretos pela Casa. Os pedidos da PGR haviam sido feitos há mais de um ano.
Segundo uma nota divulgada pela assessoria de imprensa do presidente do Senado nesta terça-feira (3), as respostas aos requerimentos foram enviadas após o recesso parlamentar, que se encerrou nesta segunda-feira (2).
Segundo a nota, foram encaminhadas resposta aos 17 requerimentos feitos pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. As informações serão encaminhadas à Procuradoria da República no Distrito Federal, onde a investigação foi instaurada.
Assim que as respostas chegarem às mãos de Gurgel, os documentos serão enviados aos procuradores da República do DF Bruno Acioli, Anna Carolina Resende e José Alfredo Silva, responsáveis pelo processo.
Segundo a assessoria de Sarney, as respostas encaminhadas à PGR são compostas por “centenas de páginas de documentos”. Na nota, a assessoria alega que a demora em enviar as informações se deu apenas em um dos 17 requerimentos encaminhados pela PGR. O motivo seria a “quantidade de dados envolvidos e a complexidade de seu processamento”.
Os procuradores pediram a Sarney informações sobre números das contas correntes e das agências de todos os beneficiados pelos atos secretos publicados pelo Senado, bem como os nomes das instituições financeiras, nomes, qualificação e endereço dos titulares das contas nos últimos cinco anos. Também foram solicitadas informações sobre as providências que foram adotadas pela presidência do Senado referentes às denúncias.
Caso
Em setembro, uma comissão formada por integrantes de diferentes setores da Casa concluiu o relatório final das investigações, que isentava integrantes da Mesa Diretora do Senado de qualquer responsabilidade pelo escândalo. Segundo o relatório, a publicação dos atos era uma prerrogativa do diretor-geral e do diretor da Secretaria de Recursos Humanos da Casa.
Durante todos os anos em que os atos secretos foram publicados, eles foram os mesmos: Agaciel Maia, que comandou o órgão por 15 anos, e o ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi. Ambos deixaram o Senado. Eles sempre negaram irregularidades.
Hélio Costa pede licença do Senado para se dedicar à campanha
Senador é candidato ao governo de Minas Gerais. Licença é por 30 dias, prorrogáveis por igual período.
O senador Hélio Costa (PMDB-MG) pediu nesta terça-feira (3) uma licença não remunerada para se dedicar à sua campanha para o governo do estado de Minas Gerais.
A licença de Costa é de 30 dias, prorrogáveis por igual período. A intenção do senador em pedir a licença desta forma é que ele possa retornar caso haja alguma votação que considere importante na Casa.
Como a licença do senador é por menos de 120 dias não será chamado seu suplente, Welligton Salgado (PMDB-MG), que já assumiu o cargo quando Costa foi ministro das Comunicações do governo Luís Inácio Lula da Silva.
Fonte: http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/08/helio-costa-pede-licenca-do-senado-para-se-dedicar-campanha.html
terça-feira, 3 de agosto de 2010
MARINA CRITICA, DILMA LAMENTA E SERRA DEFENDE POLÍTICA DE SEGURANÇA EM SP
No fim de semana, tenente-coronel e quartel da Rota foram atacados. Governo de SP evita fazer ligação dos ataques com crime organizado.
Ações de violência ocorridas neste fim de semana em São Paulo foram comentadas nesta segunda-feira (2) pelos três presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas de intenções de voto. Enquanto José Serra (PSDB) defendeu a gestão tucana no governo do estado, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) criticaram a política de segurança pública.
eles comentaram ataques contra Polícia Militar de São Paulo (Fotos: Foto Arena e AE)
No sábado e no domingo, criminosos atacaram o tenente-coronel da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Paulo Telhada, e também o quartel da corporação na capital paulista. Carros que estavam estacionados em ruas ou em um pátio que recebe carros apreendidos pela polícia foram incendiados na Zona Leste da capital paulista. O governo evita fazer ligação dos fatos com o crime organizado.
Em evento no Rio de Janeiro, Dilma disse lamentar os episódios e citou ações realizadas na capital fluminense como exemplos de boas medidas de segurança pública. "Lamento profundamente que isso tenha ocorrido", disse.
"Temos aqui no Rio uma política que deu muito certo, não que ela acabe com a violência, mas ela dificulta extremamente o crime organizado, que foi a transferência de presos para presídios de segurança máxima", disse. Além de ressaltar a importância do isolamento de presos perigosos, Dilma destacou a construção das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Marina cita descontrole
A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, afirmou que há “problemas de descontrole” na segurança pública do estado de São Paulo.
O tucano, ex-governador de São Paulo, apontou que há uma “tendência decrescente do crime” no estado e creditou o avanço a gestões anteriores do PSDB. “Os dados recentes de segurança em São Paulo mostram a continuidade da melhoria das condições de segurança, que começou no fim da década passada com Covas (Mário Covas, ex-governador), prosseguiu de maneira firme e impressionante com Alckmin (Geraldo Alckmin, ex-governador) e que mantivemos no nosso governo”, disse.
Serra acrescentou que a política estadual para a área é caracterizada por “firmeza na repressão dura ao crime” e respeito aos direitos humanos.
Estado diz que ação é limitada
Nesta segunda, o governador de São Paulo, Alberto Goldman, disse acreditar que os ataques são "uma ação muito limitada" e afirmou que não há motivo para preocupação.
"Estamos tranquilos, a segurança está evidentemente cautelosa, com um cuidado maior, mas sem maior preocupação". A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública disse que, por enquanto, não comentará o assunto.
Fonte: http://g1.globo.com