– Deixo em tuas mãos o meu povo e tudo o que mais amei/ mas só deixo porque sei que vais continuar o que fiz/ o país será melhor e meu povo mais feliz/ do jeito que sonhei e sempre quis/ As mãos de uma mulher vai nos conduzir/ O meu povo ganhou uma mãe que tem um coração que vai do Oiapoque ao Chuí/ deixo em tuas mãos o meu povo – diz.
Dilma Roussef dividiu os dez minutos do programa eleitoral com o presidente Lula. A idéia era a de apresentá-la como continuidade do governo Lula, a ponto de ter sido apresentada uma biografia de Lula para, em seguida, ser apresentada a de Dilma, como “vidas que se encontram” no governo do Brasil.
No programa da noite, não foi exibida a cena em que aparecia a ponte JK de Brasília, a principal obra do último governo de Joaquim Roriz na capital, nem ela com o cão labrador com o qual ela faz caminhadas diárias – uma espécie de herança de José Dirceu quando deixou a casa funcional na Península dos Ministros, ao deixar o governo Lula, quando teve Dilma como sua sucessora na Casa Civil.
José Serra usou, pelo manhã, o jingle cujo refrão é: “quando Lula da Silva sair; é o Zé que eu quero lá”. À noite, ele insistiu em programas na área de saúde – cirurgias eletivas, assistência à mulher, entre os programas implementados no governo de São Paulo e que ele apresenta como proposta sua ampliação para todo o Brasil.
– No meu projeto o que importa são as pessoas – diz Serra que, lança no programa eleitoral o gesto de bater no peito e “ter o Brasil no coração”.
Chamou a atenção o esforço tanto de Serra quanto de Dilma de deixar para trás a fama de sisudo. Os dois estiveram sempre sorridentes e com empenho adicional de dominar o tom de voz para torná-la mais suave, como convém a um candidato.
Os dois principais candidatos apresentaram programas com tentativa de emocionar o eleitor e não fizeram críticas aos adversários. A crítica ficou por conta de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) que tem direito a um minuto por dia, e se apresenta entre Serra e Dilma. Ele mostrou dois pugilistas – um careca como Serra e uma mulher sisuda como Dilma – tentando mostrar que os dois se atacam, mas são semelhantes, pois recebem doações de bancos.
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