Os manifestantes que invadiram o salão verde da Câmara dos Deputados na noite de terça-feira (17) decidiram deixar o local nesta quarta-feira (18) e de forma “pacífica”. Policiais, bombeiros e agentes penitenciários prometem a realização de uma greve das categorias durante a eleição, em outubro.
O indicativo é de uma paralisação de 48 horas nos dias 2 e 3 de outubro. A decisão foi tomada depois que a Câmara cancelou a sessão que faria nesta quarta-feira (18) e decidiu só retomar a votação de propostas após as eleições.
Representantes das categorias protagonizaram uma invasão na noite de terça-feira. Eles cobram a votação de projetos de interesse de suas categorias. A primeira proposta cria um piso salarial nacional para policiais e bombeiros. A proposta já foi aprovada em primeiro turno, mas por alterar a Constituição tem de passar por nova votação antes de seguir para o Senado Federal. A segunda proposta transforma os agentes penitenciários em polícia penal. Esta proposta também precisa de dois turnos e sequer entrou na pauta de votação.
Após serem informados da decisão pelo 1º vice-presidente, Marco Maia, os representantes das categorias fizeram uma rápida assembleia e decidiram aprovar um indicativo de greve para os dias 2 e 3 de outubro.
Francisco Rodrigues, do sindicato de agentes penitenciários do Rio de Janeiro, afirma que a intenção não é de “boicotar” as eleições, mas de chamar a atenção da população para a causa. Ele nega que a invasão tenha contribuído para a não votação das matérias.
“Isso é falta de vergonha na cara. Eles não vão votar porque não tem compromisso com a segurança pública. Se chegassem aqui e dissessem que iriam votar nós sairíamos até de joelhos”, afirmou Rodrigues.
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